quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

seu atraso não é por querer
eu deveria ser menos pontual
é que ânsia de te ver
deixa baixo o meu astral.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Desejo que seus desejos nunca acabem.que tu possa sempre seguir em frente quando olhar pra qualquer situação. que sua generosidade transborde. desejo que não enfrentes o mundo, só que saiba gloriar no seu.
só isso.
basta de escrever pra ti.
um trago, um gole.

amour

estive pensando, realmente gosto do seu cabelo amaçado pela manhã. gosto também de quando tu veste a bermuda que tu fez. gosto de pegar seus óculos que estão mais próximos que os meus para ler. gosto de fumar cigarros e os meus sempre acabam antes que os teus, então fumo contigo. gosto da maneira como me chama, me trata, me toca. gosto de saber que tu me conquistou aos poucos, e nunca desistiu. só insistiu e me rendi. não teve como não me render, tu escreveu poesia pra mim. isso é totalmente contraria a tua personalidade. mas tu a fez.
gosto de toda essa intimidade.
eu te amo cara.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

na verdade a gente só consegue aturar nós mesmos.
depois de um tempo, tu enjoa de tudo.
fica cínico, critico, chato.
é inevitável.
só os leigos tem a felicidade.

primavera particular

a poesia anda fazendo eu me apaixonar por malas antigas, essas maletas, de viajem de trem.
a poesia anda fazendo eu não mais cheirar e ler os livros, mas namora-los,
muitas vezes me acordo acariciando meu rosto com a energia do livro
o seu cheiro, e toda a magnitude que ele pode me trazer.
a poesia faz eu me apaixonas por vinis, e não lembrar mais como era minha vida sem essa musica brasileira.tocando com ruido e belo som nos meus ouvidos.
a poesia me faz bem... porque sempre esteve comigo na minha primavera paticular



eu vinha acreditando demais nos seus olhos.
depois de um tempo me arrisquei nessa confiança ilusória.
sem pés no chão eu descobri que sentimentos não tem pé nem cabeça. só tem asas.
e levantam voo sem permissão.

uma coisa que é só nossa!

oh! bruto homem
eu esperava não mais amar
mas seu rochedo se tornou uma flor
desabrochou no meu peito
brincou de musica
violou minhas expectavas
fez toda certeza
cair fina entre os dedos
(entre abertos).

já dizia tim maia, eu não te troco nessa vida por ninguém.

sábado, 15 de dezembro de 2012

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

dar não te torna vagabunda. dar te torna menos mal humorada.
parece que eu to regredindo e escrevendo coisas para moleques da quinta serie.
PESSOAS, transar é normal!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

antes me camuflar entre as flores do que entre os homens.



a vida girando sempre. dando essas voltas malucas.
nessas últimas semanas as coisas tem parecido rápidas demais.
me encontro em outra possibilidade de escolha que nunca foi a minha.
basta olhar com mais clareza ao redor
e ter o gingado pra soltar e dançar com a vida.


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

faz tempo que eu não escrevia sobre ti. até olhar tu parado com o mesmo ar de sempre, em frente ao bar, me esperando. tu imaginava que ia chegar esse dia? eu não imaginava, me assustei, pois ando te chamando muito nas minhas escritas e puf... lá esta ti, me olhando de lado, pedindo uma mesa ''pra dois''. me assustei ao conversar contigo e ver que ao contrario do que eu venho pensando a todos esses anos, tu é um rapaz que arcou com as consequências. foi homem suficiente pra colocar em risco o nosso amor, que é o sentimento mais lindo que nós temos, pra ser um homem. a vida exigiu de ti muita coisa, muito mais que eu sua namoradinha patética exigia.
mas já passou né? colocamos os pingos nos ''is''.
ela adora passear com ele. eles sempre estão sem rumo, e sem saber onde chegar. apesar de tudo eles chegam sempre em algum lugar. eles sempre interrompem um pouco a viajem pra sobreviver a unica maneira que os mantem vivos. ele diz que quer fujir com ela, depois que toda essa poeira abaixar. e ela não acredita em principe encantado, só acredita nele. e é essa confiança que faz os dois unirem-se em um laço afetivo.
ela adora passear com ele. por mais que seja pouco tempo eles tem sempre o seu tempo. e a favor, o tempo para pra essa contemplação. são dois corpos que se unem.
duas almas que se completam.

12/12

teu olhar fala pra mim, os segredos que sua boca segura.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

pós segunda-feira sem sinal de fumaça. o céu nublado, e as nuvens carregadas de chuva. chuva que não cessa. deve ser eu que faço muita fumaça daqui e ofusco para enxergar seus sinais. continuo dando desculpas pra te redimir, continuo a mascarar tua falta de consideração.
o amor deixa a gente bobo, lezo e imbecil.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

o fracasso me fez engolir cada promessa que seria cumprida, seria. os verbos no passado geralmente me pegam desprevenida. essa ânsia de resolver tudo, de sacrificar tudo me deixa ao relento. essa exigência não me cura, só atropela minhas emoções. o juízo não é nada. só o desrespeito  me resta. farelos e farelos de indignação. planejar o amanhã com giz cor-de-rosa é a ação mais traiçoeira do ser humano. é também o simbolismo mais ridículo, mais tosco. perspectivas furadas. poços que são fossas. nada de ganhar impulso, o fracasso já tomou conta de tudo.
não me acostumo a ser feliz mais.
a felicidade me é estranha.
a tristeza é duradoura.
minha tristeza tem amor.
muito amor.
tanto amor que ela é ligeiramente uma tristeza feliz.
ligeiramente, por só ser nostalgia...

regalo

remexi nas minhas coisas. nos meus rabiscos. encontrei algo raro, latente pela poeira das folhas. relíquia valiosa. era tu. andei te procurando entre as paginas, pois só me satisfiz quando li linhas e linhas da tua aparência, da tua maneira. estava lá, com a velha camiseta do ''the beach boys''. com o autoritarismo macho. com o cheiro bordão 212 MEN. com a vontade ébria, torta. eu escrevi sobre cada pedacinho do teu corpo - no estado transpirante com carinho tênue. cada intimidade que nos foi reservada pra vivermos juntos. cada afago, cada apego.
tu és até hoje a unica referencia de amor que tive. tu és egoísta até mesmo no amor. não consegui amar ninguém depois de ti. nossa historia ocupou tantos lugares que eu não sei não ser tua.
e é triste e doentio pra mim, lembrar que tu só existe mesmo na minha memoria e no meu antigo caderno.


domingo, 9 de dezembro de 2012

pedido de desculpas

desculpe por não ser seu amor.
desculpe a minha falta de vontade, a minha falta de ciumes, a minha falta de amor. se eu te amasse saberia como te tratar, mas não amo. embora tantas vezes eu levada pelo som da sua voz dizendo que eu era a mulher da sua vida, tentei te fazer o homem da minha, mas esforço não cria amor. eu tentei sentir tesão por ti, tentei gostar dos seus beijos, lembra? foi um trato, eu repetia que ainda não te amava e que talvez viesse a amar. não amo, até hoje. desculpa por não querer mais te abraçar, chegou o estado limite da tolerância.  não é agradável nem saudável ficar com alguém só pelo sentimento da pessoa. entenda, isso faz mal a mim. estou ficando sem inspiração pra escrever por viver um sentimento de faxada. nunca gostei de faxada, o sentimento é dentro da minha alma. tu não entrou. tu não arrombou nenhuma porta do meu ser porque eu não consigo deixar. já falei mil vezes que tu pode ser o homem perfeito mas não é pra mim. não gosto de homens perfeitos, gosto do errado (no singular).
desculpe...


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

me sinto mal quando tiram a minha solidão. fico na defensiva. esperando qualquer motivo pra arrumar as malas e sair fora. qualquer ameaça a minha solidão é uma ameaça a minha liberdade, duas coisas das quais eu não abro mão. sou tranquila, não ligo que as pessoas passem pela minha vida, não ligo de me apaixonar, nem de morrer de amor. só ligo de abdicar das minhas horas, e ligo por egoismo. gosto de ser eu,e gastar horas comigo. aprendi que não sou feliz em duplex, triplex. só sou feliz sem divisão sendo unica e inteira.
sou feliz com nada podando as minhas vontades e escolhas.

(eu sempre escrevo de solidão. é porque eu realmente gosto. e foda-se.)

regrinha


os ‘’sempre’’ acabam
e  os ‘’nunca’’ acontecem

domingo, 2 de dezembro de 2012


E o meu jeito cafajeste
te encama, te adoece
e eu digo pra tu ir
mas deixo avulsa a vontade de ficar
se preferir
e de preferência quer que eu te engane
pois sem meu cortejo
teu presente é infame.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

recortes


tao singelo
quanto o vento
tao atento
como foi
se serás
ao relento
calmaria
incolor
transparece
todo o grito
que um dia
já foi dor
esquece
os defeitos
que fazem
não ser amor.
ê, coração
mardito
mar-dito
partido.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

cocaína, café
um isqueiro
um cinzeiro
cigarro
pigarro
oh lord! onde isso vai dar?

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

devagar com a bebida meu amigo.
quem sabe ela chega, quem sabe ela volte.
quem sabe ela entorte
esse caneco por ti.
o amor, as drogas, a amargura, costumam levar as pessoas pro fundo do poço.
e a arte?
a arte não leva também?


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

no moleskine tinha um bilhete, escrito com letrinha de fôrma:

''deixei de ser flor pra ser um robô.
ou não idiota.''

rs

conjugado! o verbo querer.

eu te quis tanto.
te quis a ponto de implorar a estadia bagunceira dos seus sentimentos esquisitos, bizarros e fugazes na minha vida que é nada compatível. aceitar a sujeira, os mofos, os encardes. implorar cedendo todos os meus contra-passos e desacertos, cedendo o que eu tinha. não era muito. mas era tudo.
te quis a ponto de me submeter. esquecer o orgulho, esquecer a integridade. despencar o âmago, em um ato. submissão completa, com direito a filtro vermelho, Whisky e sarjeta.
te quis a ponto de no meu instante de infelicidade eterna, não chorar. segurar firme. pra te poupar de um sentimento de abandono. pra te sobrar só naturalidade frente a mim.
te quis  tanto e a tal ponto, que esgotou.
te quis muito.
e de tanto te querer, terminei minha lição de português.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012


As palavras
andam saindo sem querer
estão soltas, no tempo.
não quis dizer o que eu disse,
saiu.
agora pareço uma libertina egoísta
como posso, ser eu assim
uma contradição real de mim.
não me leve a mal, me leve pro bem
antes que eu enlouqueça
das futilidades que me provém.


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

presente grego

ultrajes disfarçados de anseios...
covardia disfarçada de bajulações...
não se faça de ingenua menina,
no fundo tu já sabia
que ele era uma falsa sina
embrulhado com laço e cartão.

teu breu

travado
efemero
hostil
tenebroso
insólito
ermo
tristonho
rígido
infame
vil
ostensivo
enfatuado
intransigente

tudo demasiadamente.


seu único verso

tirou a aliança e colocou na gaveta.


moça velha


Olhava entre as cortinas salmão de sua sala rococó, via os pingos de água que caiam e misturavam uns aos outros para caírem de vez. Em suas mãos o chá quente de camomila açucarado. Como gostava. E ali sentava pra pensar. Desde novinha arrastava tardes e tardes pensando em coisas banais, coisas das quais ninguém da importância, ou consegue perceber. Como os pingos. Um passatempo tosco visto a olho 
nu, mas a fazia esquecer um pouco a cruel realidade de ser um ser pensante.
Já quis revestir sua alma com chita-filo. ternura, meiguice que enterrou por um amor que apareceu pela porta jurando felicidade branda e depois sumiu jurando ódio. Juras, dessas falsas. Dessas enganosas, que levam qualquer pessoa sã a meter os pés pelas mãos.
Embora tivesse seus vinte e poucos anos, nessas tardes gostava de se balançar como uma velhinha. Tinha muita coisa parecida com as velhinhas até. Usava sapatos confortáveis de tecido dócil. Reclamava do som alto dos vizinhos. Bordava seus próprios vestidos. Gostava de flores espalhadas pela casa, e aquele cheiro de café novinho,mesmo que preferisse seu chá. Fazia formas e formas de bolos. Chocolate, baunilha, cenoura. Fazia tantos bolos que nem cabiam em sua cozinha. Curavam-a da solidão.
Adquiria demasiadas manias, escrevia em seu diário sorrateiras pretensões, que jamais tiraria do papel...
Criava seus problemas, seus fantasmas e seus traumas. alimentava-os e olhava entre a cortina novamente, criando coragem pra tirar sua mania de velhice, levantar e sair.
Fingindo estar feliz com seu papel de moça nova.

Diagnosticado: tinha a alma velha... bem mais velha que o carcere.


dono de mim.

Eu fico sem inspiração quando tu se vai.
Fico sem inspiração quando tu me larga de vez.
Fico sem inspiração quando tu vai dizendo que só me faz mal e que não vai voltar.
Fico sem inspiração largada na frente do bar em meio a tanta gente estranha.
Fico sem inspiração quando tu se vai.
Fiquei sem inspiração quando tu se foi.
Fico sem inspiração por tantas idas.
Fico sem inspiração com tantas despedidas.
Fico nula.



sexta-feira, 2 de novembro de 2012

ser mulher




O que mais vejo pelas ruas hoje, é desperdício de mulher. 

um bando de pirralhas acomodadas, com idade suficiente pra serem independentes ou estarem correndo atras disso.
 
é lastimável, porque somos mutáveis, e temos um tempo exato pra crescer.
 
somos contados pelo tempo, que esse meu amigo, não se importa com a pressa. as coisas acontecem e as meninas não crescem.
 
ser mulher não é virar de maio
r e sair pelas baladinhas dando pro primeiro desconhecido que conheceu na noite. 
ser mulher não é esperar um cara cair do céu e resolver os seus problemas de garotinha nonsense. 
caras milionários estão cada vez mais raros, e você cada vez mais velha.
ser mulher é se aceitar sem maquiagem, com o cabelo por fazer.
é olhar no espelho com o olhar de ''essa sou eu''.
é reconhecer seu suor e se os outros não te reconhecerem fodam-se, todos eles.
ser mulher é encostar a cabeça no travesseiro e pensar que amanha vai ter trabalho, mas vai ter vitoria.
 
é não perder tempo com pirralho por carência e perder tempo com um livro por constante inteligencia.
ser mulher é ser independente.
e acredite, nada é mais valorizado que isso. nem mais gostoso.

CRESÇA!!





a pessoa quando perde um amor se remói aos pouquinhos por dentro. Pensa todas as possibilidades. ''Se ele tivesse ficado''. ''Eu poderia suportar a barra só por mais um tempo''.
Mas não é bem assim, isso é prolongar o sofrimento. Quando se tem certeza de que não existe mais amor pra caber todas as situações, as pessoas, os erros, o tempo que se passou ate ali, não existe a continuação. Interrompa. Interromper não é perder, é se livrar. É estancar um free na testa e ir tomar uma cerveja no boteco sem precisar dar satisfação a ninguém. Porque por mais que tu se sinta sozinha, tu sempre tem a si mesmo.


terça-feira, 30 de outubro de 2012

desejo imoderado de possuir.

domingo. não sei a data

não existe justificativa... tenho cravado em mim o desejo dos seus lábios perdidos nos meus. e sempre que houver um jeitinho, uma oportunidade insignificante, eu vou te beijar.
não é imã, birra de menininha, é cobiça de mulher. tanto que assumo todas as consequências que vem com ele, sem conjuga-lo com o verbo arriscar. não to arriscando nada, estou apenas ''à riscar'' mais um beijo nosso no papel. assim, bem momentâneo e intenso. parecido conosco.


domingo, 28 de outubro de 2012

sem arte, sem vida


queria lembrar do seu rosto, que a muito, me fez esquece-lo. tu podia ter sido uma historia bonita, mas se prendeu a um passado que continua a te delirar. delírios de martírios que tu não cura meu amor. essa pobreza de espirito não tem cura. perdi mesmo um amor pra essa sociedade anoréxica, que irá tirar tudo de ti ate chegar ao protótipo perfeito de pessoa mecânica. acorda. tu não se vê de colã todos os dias, e nem se policia de atos pra seguir uma perfeição.
está fácil visto por esse lado, não é?
mas cadê a arte na tua vida, do teu cotidiano? cade o catalizador de aborrecimentos diários e o canalizador de produtividade positiva?
cadê tu, que não reconheço mais?





psicanalise da poesia


eu te  amo não é desculpa...
que me remete a pensar que tu não passa de um coitado
com medo de perder meu peito
e nunca mais ser amado

mas querido, insegurança não segura ninguém
insegurança te afasta do que realmente te traz bem.

devo dizer que odeio pessoas carentes, dependentes e inseguras...
já tive um pouco de cada sentimento, e eles são frenéticos com a loucura.
que essa sim, posta nesse castiçal é doentia
mata, esfaqueia, o coração de quem pensou errado,
ter amado e se matado
um dia.




moi

deixe eu escutar falsete, ele é belo, singelo, um samba de caricias. deixe que eu coloco as poupas de fruta no liquidificador, misturo os sabores, vejo a cor surgir acompanhada pelo gosto, que sempre a controvérsias "ficaria melhor com manga". que manga meu! deixe, sou assim mesmo. fico horas hipnotizada por um álbum de figuras sépias, semblantes felizes, e figurino extrovertido. porque tem coisas que viram extrovertidas ao decorrer. deixe que eu guarde segredos simples, como esconder pequenas coisas, pra ver a sua surpresa ao acha-las. deixe, isso sempre foi normal. acostumei a carregar 3 quilos de livros no braço por não caber na mochila... deixe, porque essas coisas não são burras e duram pouco como qualquer um pensa. deixe porque elas fazem parte de mim, uma parte que não pretendo perder.






se eu fosse te explicar que felicidade não é zelo, e sim liberdade. tu continuaria me amando mesmo assim, dizendo isso (como faz por todos os cantos) e insistindo em um dois.
só a sua vontade pesa?
e assim me faço querer-te menos, com menos comprometimento... porque eu não sou do clã dos zelosos amadores pacatos, e sim dos amadores(ou amantes) doentes que suam e sugam os momentos que trazem a eterna sensação de entrega.
e me desculpe o arrombamento, o alvoroço, o fervor com o qual levei as coisas, espero que não tenhas noites insones, mas se tiveres pense que o amor esta pra acontecer em algum momento...
justificando, eu costumo agir com sentimentos, os mais perturbados possíveis. pareço sem graça, com esses oculos que escondem a cara e essa saia no joelho, mas dá minha entrega eu sei, ela não nega, ela foi feita pra se imortalizar.






quarta-feira, 17 de outubro de 2012

me cobre de alivio,
os cheiros da madrugada...
que nem fria 
nem minha é
mas d
á pra 
usa-lá.

ah! se eu não tivesse a madrugada,
não teria nada.
nem inspiração, nem arte
só um almejo vazio 
que me parte

e arde.




eu bebo...

fui punida
desgraçada
de verdade eu mereço
ser mal amada.
nunca sei que caminho tomar
do que me poupar
o caminho do coração
é corda bamba
longe do chão.
eu me enrosco
em arames
me afundo
em poços e fossas.
nos cantos
no choro
nas noites
eu bebo
sozinha
e bebo...

foi a saudade que matou meu carcere.
então não continue as minhas escritas
que me mataras/maltrataras
de volta, no caminho
da volta.






domingo, 14 de outubro de 2012

lava a alma menina
tira esse nariz empinado
pra tu poder se sentir livre
pra levantar a cabeça
e tirar esse fardo.





vestígios

segura a poesia nos olhos
não apura as lagrimas
nem o terror.
é teu todo esse universo
é teu todo o meu amor.



quarta-feira, 10 de outubro de 2012

eu não quero brigar com você, nem sofrer mais uma vez calada pelos cantos, sorrindo falso pra vida e com o peito fechado a uma chave que só tu tem, e abre só com muita insistência. entenda, não quero insistir, só quero calar sem sofrer. não tem mais o porque esse lenga-lenga ''de me explica toda essa situação'' , já foi. já acabou. e não é culpa de ninguém. o amor não existe pra almas tão distintas, e se existir é comprovado por nós que ele não faz bem.
me devolve a chave, crie coragem e voe longe daqui!
tu tem potencial pra não se amarrar no primeiro rabo de saia e se encolher feito bebê chorão. cadê toda aquela tua ânsia pelo mundo? vontade gulosa de viver até o ultimo? eu não tirei de ti nada, está ai. alias eu deixei coisas minhas ai, preciso ser livre de uma vez.
por favor, vamos nos desapaixonar?
na paz?


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

a mocinha parou.
do bolso vazaram poemas rascunhados.
escritas que demonstrava o seu amor, e explicava o seu temor de chegar até ali, numa tarde ensolarada de quarta.
parou de súbito porque lembrava que as palavras tem segredos, não é só ler e compreender.
os rabiscos, destroços, fragueamentos, eram sentimentos dela, nunca revelados antes.
desistiu aos poucos e deu meia volta.

tinha medo de entregar seu coração a um não artista.
medo do deboche dos leigos.



quarta-feira, 26 de setembro de 2012


já vivo o amargor da saudade
antes de despedidas concretas
peço aos céus:
que o breve não chegue
e que o tempo congele.


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

só quero ficar no meu cantinho. isolada. pra ninguém me machucar.

chuva. cinco horas da manhã. o proposito de tomar a quantidade de remédio que tomei era no minimo pra acordar as seis da tarde, mas não. os meus fantasmas me vencem. a insonia me vence.o remédio falha.. e me vejo aqui patética, bebendo uísque e escrevendo pra ver se passa um pouco essa dor.
dor sem motivo.
eu sempre me arrisco. e não aprendo. arrisquei muito a ponto de colocar em jogo as coisas que me faziam bem, como a minha solidão, meus copos, minhas noites. arrisquei porque fui medíocre. escutei o que todos diziam pelas praças, pelos livros, pelos jornais, ''tu só é feliz ao lado de outro alguém''. e assim fui, esqueci minhas experiencias frustrantes, pra me frustrar outra vez.
não sou grande fã de filmes norte-americanos, porem não vejo mal algum em ver aquelas tias que tem a companhia de muitos gatos. solteironas cheias de gatos, de cá pra lá.
no meu ponto de vista elas até que vivem uma vida bem agradável, perdida nos metros quadrados por chamego e bolas de pelos. dói apenas arranhões inconscientes, que não se compara a dor que pessoas banais com acesso a sua vida podem deixar.

falando bem a verdade, eu não queria acordar nem hoje, nem amanhã e nem a semana inteira. queria acordar só quando sentisse firmeza nos meus pés pra percorrer o meu chão, que hoje é um campo minado.sem espaço pra correr.
vivo, mas não vivo. refugio-me.
e entre tantas bombas, só queria atrasar meu relogio, rever minhas decisões. eu perdi mais que ganhei, dá pra se ver nesse semblante que só sabe...
chorar, chorar, chorar.
não vou me acovardar. pretendo atravessar por tudo isso, mesmo que lá no fim eu não me encontre, não encontre quem sempre fui...só preciso de algo que faça essa depressão cessar.
como diria Tiê, assinado eu!


terça-feira, 18 de setembro de 2012


campo. acolhimento.
afeto demasiado
gratidão sem limite
amor ideal
será o amor real?
a cada linha que escrevo
me afasto de quem eu era
e me aproximo de quem eu posso ser
uma mulher com os acordes
do coração, tocados
pelas mãos do rapaz
que me faz sorrir
abundantemente.
talvez tudo que sonhei
a vida inteira
esteja comprimido aqui
nesse cheiro de eucalipto
nessas picadas de mosquitos
nessa fonte pacifica de
inspiração.
sábios aqueles que trazem
a cultura no coração
e o amor na essência
trago.
eu queria ficar aqui
vendo os dias serem arrastados
na imensa paz
que transborda no meu semblante.
pra ti falo,
não te acho um
tosco nem bobo
tu é o cafona que eu aprendi a amar
vários retratos de nós
irei guardar.
varias peças ão de se encaixar
e o amor jamais irá faltar
isso são os passaros,
as pedras, as folhagem e as abelhas
que dizem
até ''as mariposas quando chega o frio''.
doce de abobora quente
claridade do céu em cores
surreais
noites singulares
em Minas Gerais
pele com amor
é o que faz
a vida acontecer
sem arrependimento
sem vontade de retroceder....


norma do amor


eu peço um favor
a todos os cidadões
não se reprimam de amar,
não evitem os furacões.
todos nós temos sofrido
que dor no peito doi, doi...
mas escondemos com sorrisos
pra não ferir os demais.
todo amor deve ser perdoado
qualquer tipo e qualquer forma
o amor não é para ser julgado
é pra pra ser vivido sem norma.




segunda-feira, 17 de setembro de 2012

era uma vez um amor
nascido da mais bela intenção
regado como se fosse flor
eternizado em uma canção.

mas como sabemos
flor não vive só de água
é preciso solo fértil
muita carinho e pouca magoa.

é a lei que não se distingue no amor:
ao nascer tudo é belo
ao criar é infortúnio
só ao morrer é esmero.






terça-feira, 11 de setembro de 2012

talvez eu não pense tanto em nós como tu
e nem tenha toda essa vontade jovial de querer estar engolindo as pressas todo o ar que o outro respira.
não tenho tempo pra essas coisas.

mas nem por isso deixo de te amar, 
é só meu jeito.



perfeita harmonia

sua barba toca
minha pele
se arrepia
se for sonho
deixe-me aqui
se for realidade
que não haja
destino
quero apenas ser
em você
um parasita inquilino.

domingo, 2 de setembro de 2012


e agora o que faço?
tá, tu ja assumiu que prefere
qualquer piranha
qualquer pedaco de carne
qualquer peseudointelectual
antes de mim.

tá, tu já disse
com todas as palavras
 
e as não palavras
 
que só o 'nao me quer'
é bem vindo pra mim.

já fui desprezada
 

desarmada
humilhada
e todo o escambau
pra porra da tua merda de vida.

agora só me responda
depois do adeus
e de tudo isso....
o que eu faço?
o que eu faço com esse sentimento?


Um beijo de amor


seu beijo é bom
o problema é que ele me lembra alguem.
alguém de quem eu esqueci um dia
uma hora, um tempo.
e nao tenho a minima vontade de relembrar.
alguem que chegou a me doer
e chegou a disfarcar.
chegou a finjir.
chegou a negar.

eu lembro desse beijo
com desdém,
desculpe.
preciso esquecer,
preciso e vou
- ESQUECE-LO BEIJO.
e depois
encontra-lo em outras bocas.

um beijo de amor.
o unico capaz de causar a dor.




quinta-feira, 30 de agosto de 2012

a menina expressou o amor aos ventos
viu-se num jardim de ipê
a menina tem olhos cor de sonho
a menina tem o mundo quando lê.



segunda-feira, 27 de agosto de 2012

eu tenho amor demais aqui
e não tem espaço pra egoismo, posse...

sou inteira no momento, e não existo na ausência.



domingo, 26 de agosto de 2012

acostumada

Tu vai sair por essa porta mais uma vez...
eu sei, sem tu me dizer.
vai caminhar sem destino, se entrelaçando com seios e costas nuas.
vai beber a dose, os copos, a garrafa.
vai entristecer e ser consolado.
vai cair em neblina, em madrugadas calantes mas nunca em dia de Sol.

eu deveria estar triste, mas estou acostumada.
tu já vai tarde, pra voltar cedo.
nos encontramos de volta daqui um tempo.

não faço perguntas, deixo que tu vá...
nunca vou pedir para que fique.
gosto da tua companhia, só não sei ao certo se quero ela permanente sabe?
está bom assim.

odeio admitir que foi besteira dizer que te amo...


pessoas egoístas, me interessam...

eu não vou gostar de ti,
tu é beleza, tu é paraíso,
flor, claridade....

gosto de pessoas podres e feias por dentro.
(infelizmente)





afronta a inocência de quem os atos dessa mulher?
quem é tão ingenuo pra não cair em tentações?
quem é tão tolo de lembrar sempre do amanhã?


a noite,
um copo de absinto,
e murmúrios confusos sobre tolices presentes...

tudo que tenho.

não espero por um ser que mate uma carência fantasista, 
grande engano de palavras concretas já em bolor.
alimento minha alma com a historia verdadeira, 
de falsário basta o felizes para sempre....



quarta-feira, 22 de agosto de 2012

quero tu
sem querer...
gosto de tu
sem gostar...

''aspas''

duas almas solitárias
se arrebatam breu a dentro
perdem a noção dos seus fardos
e se doam no momento

paz atordoada
em braços que se entrelaçam
seria carma de tanta loucura
o sentimento o desembaraço

a vida se tem
a alma de dá
e a carne se usa
a razão seca
o desejo aflora
e as mãos se perdem...

esquecem
desaparecem
pra um adeus
quase breve.



domingo, 19 de agosto de 2012

é bacana sair pro bar, escutar um rock'n'roll.
é bacana ver os amigos, papear na embriaguez.
é bacana cantar alto, pular, doideira mil.
sim sim sim, é tudo bacana.

mas hoje vamos ficar em casa, colocar um Vinicius na vitrola e dançar agarradinho?

terça-feira, 14 de agosto de 2012

passando mais um Agosto

tu não me vê. pra ti sou transparência, incolor....
tu não me escuta. eu em ti emudeço...
mas tu me sente, pois aqui estou.
te sentindo,
sendo a tua mulher no presente.
sentindo cada noite que cai confortar.
sentindo cada sorriso valer a loucura.
sentindo cada dose bater.
sentindo cada baseado engraçar.
sentindo cada alma acalmar.
sentindo cada respiração ofegar.

sentindo cada átomo dos corpos encostar.
e tu me condena pelo fato de eu não possuir
as cores do teu passado
o cheiro dos teus sonhos....

não me condene,
deixa acontecer.
de novo,
pra nós não sermos um simples passado.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

sabe o que eu não troco por um delicioso doce de abobora?
o nosso quarto. o nosso momento. eu aqui sentadinha na cama, fingindo que estou estudando e escrevendo sobre nós, e tu ai na frente do computador editando as fotos do teu show. que tu cantou tatuagem do Chico pra mim. adoro teu gosto musical...
olhando daqui, eu amo teu sorriso, que tu dá fingindo que eu não estou te vendo. dá só pra me conquistar mais uma vez. pra me conquistar todos os dias.
não quero tirar tua concentração, que dá vontade, dá. tu é tão lindo. traga, bebe café... traga passa pra mim.
ai, vem logo pra cama, vem? tenho um texto pra decorar, me ajuda baby?
amanhã preciso trocar as cortinas, eu escolho a cor e tu troca.

ah... isso é tentar mais uma vez né?
toca tatuagem...


tem almofada por toda parte, incensos, pufs, luminárias... deito no teu colo, e espero meu carinho vindo das mãos que cheiram Marlboro vermelho. todos se encontram em plena harmonia, comentam, riem, fumam narguilé. eu não comento nada. só quero ficar aqui, quietinha de olhos fechados. em transe de carinho.
despeja esse amor todo em moi.




Desta vez é diferente
tu não vai algemar meu coração e sair correndo.
deixando meu peito em ferida exposta. 




sexta-feira, 3 de agosto de 2012

nua, janela e cortinas abertas, noite, sudoku completo pelo tédio. vida patética pra alguém com duas décadas nas costas. eu sei, deveria estar aproveitando a noite nos bares baratos, com pessoas sujas, e luzes que não são as do meu quarto. sei lá, prefiro minha companhia. prefiro meu moleskine sobre o colo nu.
o clonazepam de hoje já foi tomado. gotas a mais, que a insonia é agressivamente feroz. remédio, alivio instantâneo. decidi não colocar nenhuma gota de álcool pela garganta. dizem que álcool e anti-depressivos não é bom. acredito um pouco no que as pessoas me dizem, me sobrou um pouco de confiança alheia. confesso que um dia sã é cada vez mais difícil.
tô dopada alem do normal, deve ser essa ânsia de curar meu vazio metódico e doentio com remédios demais. pouca luz e meu papel é continuar a escrever sobre coisas que não sei. sobre coisas que o trago do meu cigarro não cura. é essa ansiedade que me mata aos poucos. a ansiedade da vinda que nunca chega.... e me deixa assim, cabelos por pentear, unhas por fazer.
o incenso acabou, enjoei das minhas musicas, e nada anda me agradando, tudo falta numa falta que não preenche nada. é falta.
infelizmente sou sínica, por essa madrugada me admito sínica.
tento todos os dias acordar e ser feliz, e é cansativo, me consome. posso ser infeliz só um pouquinho? o adesivo colado em todos os lugares não me deixa, ele diz ''sorria, você está sendo filmado''... então filma toda essa infelicidade porra!!!!
filma da janela vizinha meu corpo sujo de tristeza e melancolia. filma também o foda-se que eu mando pra essa sociedade que insiste em me enlouquecer com seus padrões. psiquiatria, psicologia, religião, politica.
não nasci santa, nunca fui certinha e não sou uma pessoa má. sou uma mutação diária e enlouquecida. meu libido sexual pode diminuir sim, e eu posso cortar meus cabelos. posso ser magra quanto quero sem ser taxada de doente. me deixa afundar nessa fossa sozinha, não precisa me dizer que isso é fase, eu sei e que vá a merda. deixe-me aqui. afinal, é normal né, a vida não são só flores tanto que ela cheira poluição. a minha vida é uma carne ambulante com mente de artista que me afoga e me trás o ar esporadicamente.
meu estilete, só serve pra descascar as unhas, não corto nada, nenhum papel, nem mesmo a carne. bloqueio criativo sabe? empaquei minha arte. e como de praxe sempre vou procurar a culpa, pode ser a energia negativa das eleições que estão chegando, ou o café amargo que tomei pela manhã, ou a falta de álcool.


provavelmente seja, mais um dia sem você.




quinta-feira, 2 de agosto de 2012

acreditar no amor hoje em dia?
tão banal mocinha!
os desconhecidos são mais atraentes.
as noites, o absinto, o cigarro.
companhia pra quê?

pra que amar nos dias de hoje mocinha?
é tudo tão clichê.
o desejo é morto em homens que te despiram
e não tiveram a integridade de te cobrir....
cobrir teu ventre. (que mamãe dizia ser sagrado)
pecado sim é moderno,
nonsense...

amor é caretice.
pele de piranha é mais bacana