sábado, 31 de agosto de 2013







acordei cedo hoje. fui na padaria. comprei pão de queijo para eu e meu bem. acordamos, comemos, sonecamos, nos amamos.
agora minha paixão voltou a sonecar. eu, acordo muito cedo pois preciso terminar um trabalho da faculdade.
e acabo rabiscando no word. como agora faço.


é que te olhando daqui. sentindo seu sono...

me vem soltas as palavras.





pensava em fugir. pensava em fugir. sempre pensou. alias, uma vez se escondeu atrás do chuchuzeiro deixando um recado ao seus pais ’’não me procurem, estou indo morar no bosque’’. alimentou o pensamento também adolescência nonsense, onde reclamava por querer independência, bebendo cerveja na Ivete depois da aula. aos 17 se pode tudo.
pensou que se por acaso. deixasse as gavetas por aqui e se mandasse com sua vitrola, e alguns livros do stanislavski. talvez na volta chegasse com uma tatuagens inglesas shakespereana.
 Aiai, como pensava em colocar os livros na mochila e só ir. pegar o carro. escutando uns Beatles, uns barão com cazuza, uns lobão.


pensava em fugir enquanto terminava sua xícara de chá.



segunda-feira, 26 de agosto de 2013

desistência

Junto com a chuva das quatro veio a vontade de desistir de ti.
desistir porque tu não está aqui para me fazer sorrir.
porque tu nunca esteve, nunca quis estar.
desistir porque já venho a algum tempo colecionando tristezas com sua ausência, seu silencio e sua maneira de não facilitar.
porque cansei dos seus complexos e dramas.
desistir porque não vejo nada em ti além de fuga.

porque seus olhos me adoecem e seus lábios me inflamam.

desistir porque já fez aniversário essa merda de insistência.
desistir porque não existem porquês para continuar.





Vagueia pela casa fumando o filtro do marlboro. bebendo vinho seco numa taça suja de batom vermelho.enrolando notas de cinco e enfileirando no prato mais ócio racional.
já não queria ser bem resolvida. deixar tudo preto no branco.
para colocar as coisas no devido lugar teria que abster-se de muito.  e esses princípios puritanos, regrados nunca a atraíram.
só a desordem.  só o caos é capaz de fasciná-la.
ela é mais um corpo vago. marcado pela magreza dos ansiolíticos. não tem alma. havia trocado a tempos por cachaça de jambu. é barata e acha um barato dar um tapa no baseado e descobrir-se momentânea e improvisada. descobrir-se sem sentimentos .
descobrir-se só sentidos. só toque.
não mede seus atos. mas confessa a si que quanto mais falho o ato mais certa a inspiração.
assim rege uma orquestra de lastimas e prantos. por todos os rapazes enganados.
uma obra de perfeição pode vir dos bueiros.
e essa era sua obra prima. 

domingo, 25 de agosto de 2013

sábado, 24 de agosto de 2013

ela destruía a casa inteira quando se irritava.
depois para se acalmar colocava tudo no lugar, varria a sujeira e camuflava o furacão.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

mudar os ares
em si encontrar a paz
trilhar novos caminhos
regado a flores
claridades, luz
a vento dos fins das tardes
que bagunça o cabelo
e tranquiliza a alma.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

E quando o destino prega
uma peça de reencontro?
surpresa
medo
tremores pelo corpo

como lidar
quando consigo te alcançar?

com um sorriso
coloca minha vida
de cabeça para baixo
seus lábios e suas linhas
são o meu ponto fraco.




terça-feira, 20 de agosto de 2013

outrora me bateu
um resquício canônico
posto a punir
meus anseios
pensamentos
meus atos
e os fatos.

agora dou descarga
nessa merda de resquício
dos meus prazeres
cuido eu
nem que eu vá para o hospício.

sábado, 17 de agosto de 2013

terça-feira, 13 de agosto de 2013

garrafas de cerveja abandonadas pelo quarto. cinzeiro cheio de bitucas. filtro branco e vermelho. os fatos já aconteceram. aqui nessa hora que passa, só bagunça mesmo.
aqui só eu submersa em lembranças.
sentindo teu cheiro nos cobertores. pensando que tu poderia ter esquecido qualquer quinquilharia. qualquer pedaço de pano. qualquer vontade.
qualquer coisa que fizesse tu chegar.




domingo, 4 de agosto de 2013

Aprecio te ver de longe
mas prefiro te ver de perto
sou pouco correspondida
mas sei que meu flerte é certo.

amor que inflama a alma
que despreza sem razão
por receio tu me negas
e atormentas meu coração.

me pega no ato que larga
por dias me deixa
aí sofro calada
e ao rever-te outra boca tu beija..

mesmo que um restinho da noite
eu insisto em te amar
junto suas sobras, destroços da alma
para quando chegarmos em casa eu colar.
e de ti cuidar!
maltrato os pobres, puros, virgens corações de meninas.
maltrato por covardia, por azedume e canalhice.
maltrato fazendo-as de lixo, brincando com seus sentimentos e cuspindo em seus méritos.

tem jeito melhor de fabricar vadias?
jogo do azar
que se joga a dois
e arrisca o destino
de apenas um.
Estava indisposta.  Cansada e com dor de cabeça. Mas queria transar. Teu cangote é heresia maior. Pura luxuria. Puro delito. Transei. Transei sentindo o nirvana circular em minhas veias como a heroína. Transei como uma protagonista no auge e horas como uma escrava emporcalhada.  Fomos às alturas por um momento. 
Ai veio o sono junto com a vontade fraca. Veio o vazio no estomago. O desconforto da cama.  Teu silencio monótomo e teu sorriso forçado.
Fatigada voltei para casa e senti um soco da existência.

queria poder encher as linhas de desgosto por ti.
gostaria de poder começar escrevendo do quanto eu fiz por ti e termina-lo desdenhando teu jeito de quem me deixou escapar pelas ruas do centro.
mas falar mal de ti é como me ferir.
desdenhar de ti é como desdenhar do meu tesouro, da minha fé.

existe paixão.
o que não existe é uma razão para algo fora do contexto existir.
é como uma paixão inacabada. o roteirista deixou em aberto e investiu em outros protagonistas para os próximos capítulos.

se estivesse ao meu alcance, tiraria essa amargura, essa dor que te angustia.
pegaria, sem cerimônias a infelicidade e traria para perto de mim.
trataria dela com sorrisos, com vinho barato e um cigarro enrolado para depois.
tu cantaria uma canção e eu adormeceria em seus braços.

mas não esta ao meu alcance,
nunca esteve ao meu alcance tirar a infelicidade de ti.
não desejo ouvir lamentos, pois não sou cruel.
ao contrario, te dou amor.
talvez não o necessário para te suprir, mas o maximo que posso oferecer.